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TPLO ou CTWO? Por que a cirurgia TPLO se tornou a preferida?

Atualizado: 12 de set.

Se o seu cão foi diagnosticado com ruptura do ligamento cruzado cranial (LCC) e você começou a pesquisar sobre as opções cirúrgicas, provavelmente você pode ter se deparado com dois nomes: TPLO ou CTWO.


Ambas são técnicas utilizadas para restaurar a estabilidade do joelho após essa lesão tão comum em cães, mas a verdade é que hoje a TPLO é a cirurgia mais recomendada na maioria dos casos atualmente, e não é por acaso.


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Neste artigo, você vai entender de forma clara e objetiva por que a TPLO se tornou a técnica mais utilizada no mundo para corrigir essa instabilidade articular.


A TPLO, sigla para Tibial Plateau Leveling Osteotomy, é uma cirurgia que modifica o ângulo da parte superior da tíbia, promovendo estabilidade mesmo na ausência do ligamento. Já a CTWO, ou Closing Tibial Wedge Osteotomy, é em que se remove uma pequena cunha de osso da tíbia para alcançar um resultado semelhante. Embora as duas tenham o mesmo objetivo de restaurar a função do joelho, a maneira como atuam e os resultados clínicos são bem diferentes.


A principal vantagem da TPLO é que ela preserva o comprimento do membro. Ao modificar a angulação sem retirar parte do osso, evita-se o encurtamento do membro, o que é particularmente importante em cães de médio e grande porte. A CTWO, ao remover um fragmento ósseo, pode deixar a perna um pouco mais curta, algo que pode afetar a biomecânica e o equilíbrio do animal.


Outro ponto forte da TPLO é a precisão. Durante a cirurgia, o ortopedista consegue ajustar exatamente o ângulo necessário para cada paciente, o que permite resultados mais previsíveis. Já a CTWO oferece menos controle intraoperatório, tornando-se uma técnica mais limitada nesse aspecto.


Por isso, a TPLO é especialmente indicada para cães ativos e de grande porte, como Labrador, Golden Retriever, Pastor Alemão e Pit Bull. Ela garante maior estabilidade durante corridas, saltos e brincadeiras intensas, com excelente recuperação funcional. Além disso, por preservar o alinhamento natural do membro, também reduz o risco de deformidades ósseas após a cicatrização.


A segurança da TPLO também é um diferencial. Atualmente, é a técnica mais estudada e validada na ortopedia veterinária. Diversas pesquisas mostram que os cães operados com TPLO têm retorno mais rápido à caminhada, menor dor no pós-operatório, menos complicações e alto grau de satisfação por parte dos tutores.


Mas isso significa que a CTWO foi abandonada? Não. Ela ainda é utilizada em situações específicas. Em cães filhotes para preservar as linhas de crescimento, ou mesmo em casos em que o ângulo de platô tibial é extremamente acentuado. Para esses pacientes, a CTWO pode ser uma boa alternativa.


No fim das contas, a escolha da técnica cirúrgica deve sempre levar em conta o perfil do paciente e a experiência do ortopedista. O mais importante é que o procedimento seja feito com critério técnico, planejamento e cuidado com a recuperação.


A TPLO se consolidou como a principal técnica para tratar a ruptura do ligamento cruzado porque oferece mais precisão, estabilidade e melhores resultados funcionais.


Quando bem executada, ela permite que o cão retome sua rotina com firmeza, conforto e qualidade de vida.


Sobre o autor


Dr. Felipe Garofallo, veterinário ortopedista, especializado no diagnóstico e tratamento de problemas articulares e musculoesqueléticos em cães

Felipe Garofallo é médico-veterinário (CRMV/SP 39.972) especializado em ortopedia e neurocirurgia de cães e gatos e proprietário da empresa Ortho for Pets: Ortopedia Veterinária e Especialidades.


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