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Prednisolona em cães

Atualizado: 12 de set.

A prednisolona é um corticosteroide sintético com ação anti-inflamatória e imunossupressora, muito semelhante à prednisona, mas com uma diferença bioquímica importante: ela já está na forma ativa.


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Isso significa que, ao ser administrada, não precisa ser convertida pelo fígado para começar a agir no organismo. Por esse motivo, a prednisolona é geralmente preferida em cães com doença hepática ou função hepática comprometida.


Assim como a prednisona, a prednisolona é indicada no tratamento de condições inflamatórias crônicas, doenças autoimunes, alergias severas, neoplasias como o linfoma, choque anafilático e traumas neurológicos. Sua ação envolve a supressão da resposta inflamatória e imune do organismo, reduzindo o edema, a dor e a destruição tecidual associada à inflamação exacerbada.


A posologia é semelhante à da prednisona, sendo usada em doses de 0,5 a 1 mg/kg ao dia para efeitos anti-inflamatórios e de 2 a 4 mg/kg/dia para efeitos imunossupressores. Também requer desmame lento quando usada por longos períodos, para evitar supressão do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal.


Os efeitos colaterais são praticamente os mesmos: aumento da sede e da urina, apetite excessivo, alterações hepáticas, enfraquecimento muscular, ganho de peso e risco de infecções oportunistas.


A síndrome de Cushing iatrogênica também pode ocorrer com o uso prolongado. Como qualquer corticosteroide, a prednisolona não deve ser usada junto com AINEs, devido ao risco aumentado de hemorragia ou perfuração gastrointestinal.


Embora muitos médicos veterinários ainda usem os termos prednisona e prednisolona como intercambiáveis, é importante compreender que em animais com disfunção hepática, o uso de prednisolona pode ser mais seguro e eficaz. Inclusive, algumas farmácias veterinárias manipulam diretamente a prednisolona em soluções líquidas ou comprimidos, tornando-a mais acessível para casos específicos.


Em resumo, a prednisolona tem as mesmas aplicações clínicas da prednisona, mas com a vantagem de já estar na forma biologicamente ativa, fator que deve ser considerado principalmente em cães idosos, debilitados ou com alterações hepáticas.

Referências bibliográficas:

Plumb, D.C. (2018). Plumb’s Veterinary Drug Handbook. 9th ed. Wiley-Blackwell.

Papich, M.G. (2021). Saunders Handbook of Veterinary Drugs: Small and Large Animal. 5th ed. Elsevier.


Sobre o autor


Dr. Felipe Garofallo, veterinário ortopedista, especializado no diagnóstico e tratamento de problemas articulares e musculoesqueléticos em cães

Felipe Garofallo é médico-veterinário (CRMV/SP 39.972) especializado em ortopedia e neurocirurgia de cães e gatos e proprietário da empresa Ortho for Pets: Ortopedia Veterinária e Especialidades.


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