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Sinais de câncer em cães: quando desconfiar?

Atualizado: 12 de set.

O câncer em cães, assim como nos humanos, pode se manifestar de formas muito variadas e, muitas vezes, silenciosas.


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Por isso, é fundamental que os tutores estejam atentos a sinais que, mesmo sutis, possam indicar a presença de um processo neoplásico. Embora nem todo sintoma seja sinal de câncer, mudanças no comportamento, no apetite ou na aparência física do animal devem sempre ser levadas a sério e investigadas por um médico-veterinário.


Um dos principais sinais de alerta é a presença de nódulos ou massas que surgem sob a pele ou em cavidades internas, detectadas durante o carinho ou banho.


Nem todo nódulo é maligno, mas qualquer alteração que persista ou cresça com o tempo merece avaliação especializada. Além disso, feridas que não cicatrizam também podem indicar a presença de neoplasias cutâneas ou mucosas, principalmente quando associadas a secreções, sangramentos ou dor local.


Mudanças no comportamento do cão, como apatia, isolamento, diminuição do interesse por brincadeiras ou contato com os tutores, podem ser manifestações indiretas de dor ou desconforto.


O mesmo vale para alterações no apetite: tanto a perda quanto o aumento repentino da fome podem estar associados a tumores que afetam o metabolismo ou órgãos relacionados à digestão e absorção de nutrientes. Vômitos e diarreias persistentes também não devem ser ignorados, principalmente se acompanhados de perda de peso progressiva, mesmo que o animal continue comendo normalmente.


Dificuldades respiratórias, tosse crônica e intolerância ao exercício são outros sinais que podem estar relacionados a tumores pulmonares ou cardíacos. Já alterações urinárias ou intestinais, como sangue nas fezes ou na urina, esforço exagerado para defecar ou urinar e incontinência, podem indicar tumores no trato urinário, intestinal ou até mesmo em glândulas anais.


Em fêmeas não castradas, a presença de secreções vaginais anormais, aumento de volume nas mamas ou dor abdominal podem sugerir neoplasias mamárias ou uterinas.


Vale ressaltar que alguns tipos de câncer não causam sintomas óbvios nas fases iniciais, o que reforça a importância de check-ups periódicos, especialmente em cães idosos ou de raças com predisposição genética.


O diagnóstico precoce aumenta consideravelmente as chances de sucesso no tratamento, seja ele cirúrgico, quimioterápico ou paliativo.


Por isso, ao perceber qualquer alteração física ou comportamental no seu cão, procure um veterinário de confiança. A sensibilidade dos tutores em perceber os primeiros sinais pode ser decisiva para o bem-estar e a longevidade dos pets.

Referências bibliográficas:

  1. Withrow, S. J., Vail, D. M., & Page, R. L. (2013). Withrow and MacEwen's Small Animal Clinical Oncology (5th ed.). Elsevier Health Sciences.


  2. Ettinger, S. J., & Feldman, E. C. (2017). Textbook of Veterinary Internal Medicine (8th ed.). Elsevier.


Sobre o autor


Dr. Felipe Garofallo, veterinário ortopedista, especializado no diagnóstico e tratamento de problemas articulares e musculoesqueléticos em cães

Felipe Garofallo é médico-veterinário (CRMV/SP 39.972) especializado em ortopedia e neurocirurgia de cães e gatos e proprietário da empresa Ortho for Pets: Ortopedia Veterinária e Especialidades.


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