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Selênio em cães

Atualizado: 12 de set.

O selênio é um micromineral essencial para cães, necessário em pequenas quantidades, mas com papel crucial na saúde geral, especialmente pela sua atuação como componente de enzimas antioxidantes, como a glutationa peroxidase.


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Essas enzimas protegem as células contra o estresse oxidativo, neutralizando radicais livres e prevenindo danos às membranas, proteínas e DNA. Além disso, o selênio participa da regulação da função tireoidiana, do sistema imunológico e do metabolismo reprodutivo.


Nos cães, a principal fonte de selênio é a dieta, que pode fornecer o mineral em formas orgânicas (selenometionina e selenocisteína, encontradas em ingredientes como carnes, peixes, ovos e cereais) ou inorgânicas (selenito e selenato de sódio, usadas em rações comerciais). A biodisponibilidade costuma ser maior nas formas orgânicas, mas ambas podem suprir adequadamente as necessidades quando incluídas em formulações balanceadas.


A deficiência de selênio em cães é rara quando eles consomem rações comerciais de qualidade, mas pode ocorrer em dietas caseiras mal formuladas ou em regiões com solos pobres em selênio, que influenciam a composição de alimentos de origem vegetal e animal.


Os sinais clínicos incluem fraqueza muscular, intolerância ao exercício, degeneração muscular (miopatia nutricional), redução da imunidade e atraso na recuperação de processos inflamatórios. Em filhotes, a deficiência severa pode comprometer o crescimento e a vitalidade.


Por outro lado, o excesso de selênio é tóxico e pode causar selenose, caracterizada por sinais como perda de pelos, alterações nas unhas, distúrbios gastrointestinais, problemas neurológicos e, em casos graves, insuficiência hepática ou morte. A toxicidade geralmente resulta de suplementação inadequada ou de erros na formulação da dieta.


Em medicina veterinária, a suplementação de selênio pode ser indicada como parte de protocolos antioxidantes, especialmente para cães com doenças inflamatórias crônicas, câncer, insuficiência renal ou envelhecimento avançado, situações em que o estresse oxidativo está aumentado. No entanto, como a margem de segurança entre a dose adequada e a tóxica é relativamente estreita, a suplementação deve ser feita apenas sob orientação veterinária, preferencialmente com base em exames laboratoriais que avaliem o status do mineral no organismo.

Referências bibliográficas

National Research Council (NRC). Nutrient Requirements of Dogs and Cats. Washington, DC: The National Academies Press; 2006.


Hall JA, et al. Effects of dietary selenium source on measures of selenium status in healthy adult dogs. J Anim Sci. 2012;90(8):2540-2546.


Sobre o autor


Dr. Felipe Garofallo, veterinário ortopedista, especializado no diagnóstico e tratamento de problemas articulares e musculoesqueléticos em cães

Felipe Garofallo é médico-veterinário (CRMV/SP 39.972) especializado em ortopedia e neurocirurgia de cães e gatos e proprietário da empresa Ortho for Pets: Ortopedia Veterinária e Especialidades.


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