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Raio-X para cães: quando é indicado, como é feito e o que pode mostrar

Atualizado: 12 de set.

O raio-X é um dos exames mais utilizados na medicina veterinária para investigar alterações ósseas, articulares, torácicas e abdominais em cães.


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Trata-se de uma ferramenta fundamental para o diagnóstico de inúmeras condições de saúde, especialmente em casos ortopédicos, traumatológicos e respiratórios. Seu uso permite ao veterinário visualizar estruturas internas do corpo do animal com segurança, rapidez e, na maioria das vezes, sem necessidade de sedação.


Em cães com suspeita de fraturas, displasia coxofemoral, luxações, artroses ou tumores ósseos, o raio-X é quase sempre o primeiro exame solicitado. Ele possibilita uma avaliação clara do alinhamento dos ossos, da integridade das articulações e da presença de calcificações ou anormalidades estruturais.


Em quadros de dor sem causa evidente, claudicação ou após acidentes, o exame ajuda a identificar se há comprometimento ósseo ou se é necessário avançar para exames complementares, como tomografia ou ressonância magnética.


Além da ortopedia, o raio-X também é indicado em situações clínicas. No tórax, por exemplo, pode revelar alterações nos pulmões, como edema pulmonar, pneumonia ou tumores, além de alterações cardíacas como aumento do coração.


Já na região abdominal, o exame pode auxiliar na identificação de corpos estranhos, cálculos urinários, distensão de órgãos e algumas massas abdominais. Embora o raio-X não mostre com precisão tecidos moles como o fígado ou intestinos, ele ainda pode indicar alterações em seu volume, posição ou presença de gases.


A realização do exame é relativamente simples. O cão é posicionado em uma mesa radiográfica e precisa permanecer imóvel durante a captura da imagem. Em muitos casos, é necessário o auxílio de um profissional para conter o animal de maneira segura.


Em pacientes mais agitados, com dor intensa ou em determinadas projeções, pode ser indicada uma sedação leve para garantir a qualidade da imagem e o bem-estar do paciente. O exame é indolor, rápido e os equipamentos modernos utilizam doses baixas de radiação, sendo seguros para os animais.


É importante ressaltar que o raio-X não deve ser usado de forma indiscriminada. Ele deve ser solicitado por um médico-veterinário que irá interpretar as imagens de forma adequada, considerando a história clínica e o exame físico do paciente.


O diagnóstico por imagem é uma ferramenta poderosa, mas só faz sentido quando integrado ao contexto clínico do animal. Em algumas situações, o raio-X pode sugerir alterações, mas sem confirmar um diagnóstico definitivo. Nesses casos, outros exames podem ser necessários para complementar a investigação.


O raio-X para cães é, portanto, um recurso acessível, rápido e amplamente utilizado na prática veterinária. Seu uso adequado pode acelerar o diagnóstico, guiar tratamentos e evitar complicações.


Se o seu cão apresenta dor, mancar, dificuldade respiratória ou outros sinais preocupantes, conversar com o veterinário sobre a possibilidade de realizar um exame de imagem pode ser essencial para garantir um diagnóstico preciso e um tratamento eficaz.


Referências bibliográficas


Thrall, D. E. (2013). Textbook of Veterinary Diagnostic Radiology. Elsevier Health Sciences.


Kealy, J. K., McAllister, H., & Graham, J. P. (2010). Diagnostic Radiology and Ultrasonography of the Dog and Cat. Saunders.


Sobre o autor


Dr. Felipe Garofallo, veterinário ortopedista, especializado no diagnóstico e tratamento de problemas articulares e musculoesqueléticos em cães

Felipe Garofallo é médico-veterinário (CRMV/SP 39.972) especializado em ortopedia e neurocirurgia de cães e gatos e proprietário da empresa Ortho for Pets: Ortopedia Veterinária e Especialidades.


Horário: Segunda à sexta, 09h às 18h. Sábados 10:00 às 14:00
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