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Radiografia sky-line para cães com luxação de patela

Atualizado: 12 de set.

A radiografia skyline, também chamada de projeção tangencial da tróclea femoral, é uma técnica diagnóstica complementar muito útil na avaliação de cães com suspeita ou diagnóstico confirmado de luxação de patela.


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Seu principal objetivo é permitir a visualização direta da profundidade da tróclea femoral e da posição da patela em relação ao sulco troclear, o que auxilia na classificação da gravidade da luxação e no planejamento cirúrgico.

Na posição skyline, o raio-X é direcionado de forma tangencial ao fêmur distal, com o animal em decúbito dorsal e o joelho fletido geralmente a 90°. Essa projeção evita a sobreposição de estruturas ósseas e permite avaliar com maior nitidez a forma da tróclea, a centralização da patela, e a presença de arrasamento troclear, um achado comum em pacientes com luxação patelar crônica.

Em cães com luxação medial da patela, que é a forma mais comum em raças de pequeno porte, a skyline pode mostrar a patela posicionada medialmente ao sulco, especialmente em graus mais avançados.


Enquanto isso, em luxações laterais (mais comuns em raças grandes), a patela pode ser visualizada lateral ao sulco troclear. Essa projeção também é útil na identificação de trócleas hipoplásicas ou rasas, especialmente em pacientes jovens com alteração congênita do desenvolvimento femoral distal.

Outro benefício da radiografia skyline é que ela pode ser usada no pós-operatório para documentar a posição adequada da patela após procedimentos corretivos como sulcoplastias (trocleoplastias em cunha, em bloco ou abrasivas), transposições da tuberosidade tibial, ou reconstruções de tecidos moles.

Vale lembrar que, por ser uma técnica que exige posicionamento preciso e tranquilidade do paciente, ela é frequentemente realizada com sedação ou anestesia leve, garantindo a qualidade diagnóstica e a segurança do animal.

Embora não substitua a avaliação clínica e outras projeções radiográficas ortogonais, a skyline é uma ferramenta poderosa para refinar o diagnóstico e o plano terapêutico em casos de luxação de patela, sobretudo em casos de recorrência ou planejamento de correções complexas.

Referências bibliográficas:

Piermattei, D. L., Flo, G. L., & DeCamp, C. E. (2006). Handbook of Small Animal Orthopedics and Fracture Repair. 4th ed. Saunders.

Shamir, M. Y. et al. (2005). Radiographic Evaluation of Patellar Luxation in Dogs Using the Skyline View. Veterinary Radiology & Ultrasound, 46(5), 414–420.

Sobre o autor


Dr. Felipe Garofallo, veterinário ortopedista, especializado no diagnóstico e tratamento de problemas articulares e musculoesqueléticos em cães

Felipe Garofallo é médico-veterinário (CRMV/SP 39.972) especializado em ortopedia e neurocirurgia de cães e gatos e proprietário da empresa Ortho for Pets: Ortopedia Veterinária e Especialidades.


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