Radiografia digital e convencional: Qual é a diferença?
- Felipe Garofallo

- 29 de out.
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A principal diferença entre a radiografia digital e a convencional em cães está na forma como a imagem é capturada, processada e analisada, o que impacta diretamente a qualidade diagnóstica e a eficiência do exame.

Na radiografia convencional, o processo envolve o uso de filmes radiográficos e revelação química.
Após a exposição aos raios X, o filme precisa ser revelado manualmente em um processador, o que consome tempo e depende de produtos químicos específicos.
Além disso, a qualidade da imagem é mais suscetível a erros de exposição e revelação, e o armazenamento físico dos filmes pode ser problemático a longo prazo.
Já na radiografia digital, os filmes são substituídos por detectores eletrônicos que convertem os raios X em sinais digitais. Esses sinais são processados instantaneamente e exibidos em um monitor, permitindo a avaliação imediata da imagem.
O veterinário pode ajustar brilho, contraste e ampliação sem precisar repetir o exame, o que reduz a exposição do animal à radiação e acelera o diagnóstico.
A resolução e a sensibilidade da radiografia digital são significativamente superiores às da convencional. Isso possibilita a detecção de alterações sutis em tecidos ósseos e articulares, como microfissuras, esclerose subcondral e osteófitos iniciais, achados cruciais na ortopedia veterinária.
Além disso, as imagens podem ser arquivadas eletronicamente e compartilhadas com especialistas à distância, facilitando discussões de casos e telemedicina.
Outra vantagem importante é a sustentabilidade. A radiografia digital elimina o uso de produtos químicos e reduz o consumo de filmes, tornando o processo mais limpo, rápido e ecológico.
Em contrapartida, o investimento inicial em equipamento digital é mais elevado, embora o custo operacional seja menor a longo prazo.
Em síntese, a radiografia digital oferece maior precisão diagnóstica, rapidez e eficiência no manejo dos pacientes ortopédicos, enquanto a radiografia convencional, embora ainda útil em algumas clínicas, tende a ser substituída por tecnologias digitais que proporcionam resultados mais confiáveis e profissionais.
Referências bibliográficas:
1. Thrall, D. E. (2018). *Textbook of Veterinary Diagnostic Radiology* (7th ed.). Elsevier.
2. Penninck, D., & d’Anjou, M. A. (2015). *Atlas of Small Animal Ultrasonography* (2nd ed.). Wiley-Blackwell.
Sobre o autor

Felipe Garofallo é médico-veterinário (CRMV/SP 39.972) especializado em ortopedia e neurocirurgia de cães e gatos e proprietário da empresa Ortho for Pets: Ortopedia Veterinária e Especialidades.