Os quatro tempos cirúrgicos: diérese, hemostasia, exérese e síntese
top of page

Os quatro tempos cirúrgicos: diérese, hemostasia, exérese e síntese

Os diferentes tempos cirúrgicos compreendem uma série de etapas distintas que constituem o procedimento cirúrgico como um todo. Cada um desses tempos possui sua própria importância e função específica, contribuindo para o sucesso e a eficácia da intervenção cirúrgica.



Os principais tempos cirúrgicos incluem a diérese, a hemostasia, a exérese, a síntese. Entender esses tempos é essencial para os cirurgiões veterinários, pois ajuda a garantir uma abordagem sistemática e segura durante a execução de procedimentos cirúrgicos em animais.


O primeiro tempo cirúrgico é a diérese, que envolve a incisão da pele e dos tecidos subcutâneos para acessar a região-alvo da cirurgia.


Durante a diérese, o cirurgião realiza uma incisão precisa na pele usando um bisturi ou instrumento cirúrgico adequado, seguindo as linhas naturais da anatomia e evitando danos aos tecidos subjacentes. Após a incisão da pele, os tecidos subcutâneos são dissecados de maneira cuidadosa e controlada para expor o campo cirúrgico e permitir o acesso aos órgãos ou estruturas-alvo.


Após a diérese, o próximo tempo cirúrgico é a hemostasia, que se refere ao controle e à prevenção de sangramento durante a cirurgia. Durante esse tempo, o cirurgião utiliza uma variedade de técnicas e instrumentos para interromper o fluxo sanguíneo dos vasos sanguíneos incisados durante a diérese. Isso pode incluir o uso de pinças hemostáticas, ligaduras, eletrocautério ou agentes hemostáticos para controlar o sangramento.


Após a hemostasia, o tempo cirúrgico seguinte é a exérese, que consiste na remoção de tecidos, órgãos ou estruturas patológicas do corpo do paciente. Durante a exérese, o cirurgião realiza a dissecção cuidadosa dos tecidos afetados, removendo-os de maneira completa e precisa para garantir a eliminação adequada da fonte da doença ou lesão. Isso pode envolver a remoção de tumores, órgãos comprometidos, tecidos necrosados ou corpos estranhos, conforme indicado pela condição clínica do paciente.


Após a exérese, o tempo cirúrgico é a síntese, que se refere à reconstrução e fechamento dos tecidos cirúrgicos após a remoção de tecidos patológicos. Durante a síntese, o cirurgião utiliza técnicas de sutura e grampeamento para aproximar e unir os bordos da incisão cirúrgica, restaurando a integridade dos tecidos e promovendo a cicatrização adequada.


A seleção do material de sutura e a técnica de sutura adequada são determinadas com base na localização da incisão, no tipo de tecido envolvido e na preferência do cirurgião.


Em resumo, os diferentes tempos cirúrgicos são partes integrantes do procedimento cirúrgico e desempenham papéis específicos na realização de uma intervenção cirúrgica bem-sucedida. Desde a incisão inicial até o fechamento final da incisão, cada etapa é realizada com precisão e cuidado para garantir a segurança e o bem-estar do paciente, além de promover uma recuperação adequada e uma cicatrização sem complicações.


Sobre o autor  

Felipe Garofallo é médico-veterinário (CRMV/SP 39.972), especializado em ortopedia e neurocirurgia de cães e gatos e proprietário da empresa Ortho for Pets: Ortopedia Veterinária e Especialidades. Agende uma consulta pelo whatsapp (11)91258-5102.


812 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Que tal receber grátis mais artigos incríveis como esse?

Obrigado(a)!

bottom of page