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O papel das terapias regenerativas na ortopedia moderna

As terapias regenerativas representam um marco na ortopedia veterinária moderna, introduzindo uma nova forma de tratar lesões articulares, musculares e ligamentares ao estimular o próprio organismo a se regenerar.


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Diferentemente dos tratamentos convencionais, que apenas controlam dor e inflamação, as terapias regenerativas atuam na causa do problema, restaurando a estrutura e a função dos tecidos danificados.


Os principais recursos utilizados incluem o plasma rico em plaquetas (PRP), o plasma rico em fibrina (PRF), as células-tronco mesenquimais e o concentrado de medula óssea.


O PRP é obtido a partir do sangue do próprio paciente e contém uma alta concentração de fatores de crescimento que estimulam a cicatrização, reduzem a inflamação e promovem a regeneração da cartilagem.


As células-tronco, por sua vez, têm a capacidade de se diferenciar em condrócitos, fibroblastos e osteoblastos, além de secretarem citocinas que modulam a resposta inflamatória e favorecem o reparo tecidual.


Essas terapias são amplamente indicadas em casos de osteoartrite, displasia coxofemoral, rupturas parciais de tendões e lesões musculares.


Em cães com artrose, por exemplo, a aplicação intra-articular de PRP ou células-tronco ajuda a reduzir o atrito articular, melhora a nutrição da cartilagem e estimula a regeneração das superfícies danificadas, retardando a progressão da doença.


Outra vantagem importante é o caráter minimamente invasivo do procedimento.


As amostras são coletadas do próprio paciente, processadas de forma estéril e aplicadas sob orientação ultrassonográfica. O risco de rejeição ou reação adversa é praticamente nulo, e o animal pode retornar à rotina em poucos dias.


Além do uso isolado, as terapias regenerativas vêm sendo associadas a protocolos de fisioterapia, acupuntura e suplementação nutricional, potencializando os efeitos de recuperação.


Em cirurgias ortopédicas, como a TPLO ou a colocefalectomia, essas terapias podem ser aplicadas no pós-operatório para acelerar a cicatrização e reduzir complicações.


Em resumo, as terapias regenerativas transformaram a forma como a ortopedia veterinária aborda as doenças articulares, oferecendo tratamentos que não apenas aliviam sintomas, mas também restauram tecidos e preservam a função natural.


As terapias regenerativas representam o futuro da medicina musculoesquelética, unindo biotecnologia, precisão e resultados clínicos duradouros.


Referências bibliográficas:


1. Franklin, S. P., & Cook, J. L. (2013). Prospective trial of autologous conditioned plasma versus hyaluronan for treatment of osteoarthritis in dogs. Veterinary Surgery, 42(6), 873–880.


2. Vilar, J. M., Morales, M., Santana, A., Spinella, G., Rubio, M., & Cuervo, B. (2018). Controlled, blinded force platform analysis of the effect of intra-articular injection of autologous adipose-derived mesenchymal stem cells associated to PRGF-Endoret in osteoarthritic dogs. BMC Veterinary Research, 14(1), 100.


Sobre o autor


Dr. Felipe Garofallo, veterinário ortopedista, especializado no diagnóstico e tratamento de problemas articulares e musculoesqueléticos em cães

Felipe Garofallo é médico-veterinário (CRMV/SP 39.972) especializado em ortopedia e neurocirurgia de cães e gatos e proprietário da empresa Ortho for Pets: Ortopedia Veterinária e Especialidades.



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