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Luxação medial ou lateral de patela em cães: Qual é a mais comum?

Atualizado: 12 de set.

A luxação de patela é uma condição ortopédica frequente na rotina veterinária, especialmente entre cães de raças pequenas e médias. Trata-se do deslocamento da patela (rótula) para fora de seu sulco troclear no fêmur, comprometendo a biomecânica do joelho e causando dor, claudicação e, em muitos casos, deformidades ósseas progressivas.


Mas afinal, a luxação medial ou lateral de patela é mais comum em cães?

Luxação de patela em cães é um problema comum que pode afetar a qualidade de vida
Luxação de patela em cães é um problema comum que pode afetar a qualidade de vida

Luxação medial de patela: a mais frequente


De acordo com a literatura veterinária, a luxação medial da patela (LMP) é a forma mais comum do problema, representando cerca de 75% a 80% dos casos. Essa condição afeta principalmente cães de pequeno porte, como Poodle, Lulu da Pomerânia, Yorkshire Terrier e Chihuahua.


A causa da luxação medial geralmente está relacionada a alterações de desenvolvimento, como desvio da tíbia e do fêmur, frouxidão ligamentar, hipoplasia do côndilo medial e desalinhamento do mecanismo extensor. Por isso, muitos casos são congênitos ou de manifestação precoce, podendo ser diagnosticados ainda nos primeiros meses de vida.


Luxação lateral de patela: menos comum, mas relevante


Já a luxação lateral da patela (LLP) é menos frequente, ocorrendo em aproximadamente 20% a 25% dos casos. Ela é mais observada em cães de raças grandes e gigantes, como Labrador Retriever, Pastor Alemão e Golden Retriever, geralmente em idade adulta. Em filhotes dessas raças, a forma congênita também pode aparecer, mas é menos prevalente do que a medial.


Além disso, a LLP pode ocorrer como consequência de trauma, em que há ruptura dos tecidos estabilizadores ou fraturas do fêmur distal.



Por que identificar o tipo de luxação é importante?


Saber se a luxação é medial ou lateral influencia diretamente no planejamento cirúrgico e nas expectativas de recuperação. Por exemplo, as luxações laterais costumam ter um prognóstico mais reservado em cães grandes, pois envolvem forças biomecânicas mais complexas e maior peso corporal.


Além disso, o grau da luxação (de I a IV) também interfere no tratamento. Graus mais baixos (I e II) podem ser manejados clinicamente em alguns casos, enquanto graus mais altos (III e IV) geralmente requerem cirurgia corretiva para reposicionamento e estabilização da patela.


Em resumo: ✔️ A luxação medial da patela é mais comum, especialmente em cães pequenos e jovens.

✔️ A luxação lateral é menos frequente, mas costuma afetar cães de grande porte.

✔️ O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para prevenir complicações como artrose e claudicação permanente.


Referências bibliográficas:


  • Piermattei, D. L., Flo, G. L., & DeCamp, C. E. (2006). Brinker, Piermattei and Flo's Handbook of Small Animal Orthopedics and Fracture Repair.


  • Voss, K., Montavon, P. M., & Langley-Hobbs, S. J. (2019). Fossum's Small Animal Surgery.

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Sobre o autor


Dr. Felipe Garofallo, veterinário ortopedista, especializado no diagnóstico e tratamento de problemas articulares e musculoesqueléticos em cães

Felipe Garofallo é médico-veterinário (CRMV/SP 39.972) especializado em ortopedia e neurocirurgia de cães e gatos e proprietário da empresa Ortho for Pets: Ortopedia Veterinária e Especialidades.


Horário: Segunda à sexta, 09h às 18h. Sábados 10:00 às 14:00
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