Como escolher brinquedos adequados para pets com problemas articulares
- Felipe Garofallo
- 5 de dez. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 13 de set.
Escolher brinquedos adequados para pets com problemas articulares requer atenção especial, já que a interação com brinquedos pode tanto beneficiar quanto agravar as condições articulares. O objetivo principal é estimular o animal de forma segura, promovendo bem-estar físico e mental sem sobrecarregar as articulações já comprometidas.
Para cães e gatos com problemas como displasia coxofemoral, luxação de patela ou artrite, é importante optar por brinquedos leves e que não exijam movimentos bruscos ou impacto repetitivo. Bolas macias feitas de materiais como borracha flexível ou espuma são boas opções, pois evitam traumas nos dentes e são fáceis de manipular.
No caso de cães que gostam de mastigar, escolha brinquedos que sejam macios, mas duráveis, e que promovam a saúde bucal sem exigir pressão excessiva.
Brinquedos interativos, como aqueles que liberam petiscos, são ideais para manter o pet mentalmente estimulado sem a necessidade de correr ou pular. Esses brinquedos podem ser ajustados para diferentes níveis de dificuldade e permitem que o animal se engaje com pouca demanda física. Além disso, tapetes de lambedura (lick mats), que incentivam o pet a lamber em vez de morder ou puxar, são excelentes para aliviar o estresse e manter o animal ocupado sem impacto articular.
Evite brinquedos que exijam saltos, corridas rápidas ou movimentos de torção, como frisbees rígidos ou bolas muito pesadas. Esses podem exacerbar as condições articulares e causar desconforto ou mesmo lesões. Brinquedos que envolvam puxar, como cordas, também devem ser usados com cautela, pois podem sobrecarregar os membros ou a coluna, dependendo da intensidade da brincadeira.
A superfície onde o pet brinca também deve ser considerada. Tapetes antiderrapantes ou pisos macios ajudam a evitar escorregões, que podem ser prejudiciais para pets com problemas articulares. Além disso, supervisione sempre as brincadeiras para garantir que o pet não se esforce além do limite ou se machuque.
Por fim, lembre-se de que cada animal é único, e o ideal é combinar o uso dos brinquedos com orientações de um veterinário, especialmente para pets que já estão em tratamento ou fisioterapia. Uma abordagem personalizada garante que o pet receba estímulos seguros e adequados às suas necessidades específicas.
Referências bibliográficas:
1) Johnston, S. A., & Tobias, K. M. (2018). Veterinary Surgery: Small Animal. Elsevier.
2) Fossum, T. W. (2019). Small Animal Surgery Textbook. Elsevier.
Sobre o autor
Felipe Garofallo é médico-veterinário (CRMV/SP 39.972) especializado em ortopedia e neurocirurgia de cães e gatos e proprietário da empresa Ortho for Pets: Ortopedia Veterinária e Especialidades.