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Como diagnosticar a displasia coxofemoral em cães

Atualizado: 23 de mai.

A displasia coxofemoral, também conhecida como displasia de quadril, é uma condição ortopédica comum em cães que pode causar dor e mobilidade reduzida.


Este distúrbio hereditário afeta a articulação coxofemoral, onde a cabeça do fêmur não se encaixa adequadamente na cavidade do quadril, resultando em uma articulação solta e instável.


O diagnóstico precoce é essencial para manejar a condição de forma eficaz e melhorar a qualidade de vida do animal.


O diagnóstico da displasia coxofemoral envolve uma combinação de exames físicos, avaliações comportamentais e técnicas de imagem. O primeiro passo é uma anamnese completa realizada pelo veterinário.


Durante essa consulta, o veterinário coletará informações detalhadas sobre os sintomas do cão, como dificuldade em levantar, mancar, relutância em subir escadas ou pular, e outros sinais de dor ou desconforto. Também é importante obter um histórico médico completo, incluindo informações sobre a linhagem genética do cão, já que a displasia coxofemoral é uma condição hereditária.


Durante o exame físico, o veterinário avaliará a postura e a marcha do cão, observando quaisquer anomalias. A palpação da articulação coxofemoral permite ao veterinário detectar sinais de dor, inflamação ou instabilidade.


Um teste comum é o Ortolani, que ajuda a identificar a frouxidão na articulação do quadril. O veterinário movimenta a perna do cão em várias direções para avaliar o grau de movimento e a presença de estalos ou cliques, que podem indicar deslocamento da articulação.


Para confirmar o diagnóstico de displasia coxofemoral, o uso de técnicas de imagem é essencial. A radiografia é a ferramenta mais comum e eficaz para avaliar a estrutura óssea do quadril. Alguns cães precisam de sedação para garantir que esteja relaxado e em uma posição adequada para obter imagens claras e precisas.


As radiografias podem revelar vários sinais de displasia, incluindo subluxação (deslocamento parcial) da articulação, remodelação da cabeça do fêmur e a presença de osteoartrite, que é uma complicação comum da displasia coxofemoral.


Em alguns casos, testes genéticos podem ser realizados para identificar a predisposição do cão à displasia coxofemoral, especialmente em raças conhecidas por serem mais propensas a essa condição. Estes testes são úteis para criadores que desejam minimizar a transmissão do gene causador da displasia em seus programas de reprodução.


O diagnóstico precoce da displasia coxofemoral é crucial para implementar um plano de tratamento eficaz. Opções de tratamento variam desde modificações no estilo de vida e fisioterapia até intervenções cirúrgicas, dependendo da gravidade da condição.


Mudanças na dieta, controle de peso e exercícios de baixo impacto são recomendados para minimizar a pressão sobre as articulações. Em casos mais graves, procedimentos cirúrgicos podem ser necessários para aliviar a dor e restaurar a função.


Portanto, o diagnóstico de displasia coxofemoral em cães é um processo que requer uma abordagem abrangente, combinando avaliações clínicas detalhadas com técnicas avançadas de imagem.


A colaboração entre o veterinário, o tutor do animal e, em alguns casos, especialistas em ortopedia veterinária, é essencial para garantir um manejo eficaz e melhorar a qualidade de vida do cão afetado.


Referências bibliográficas


Schachner, Emma & Lopez, Mandi. (2015). Diagnosis, prevention, and management of canine hip dysplasia: a review. Veterinary Medicine: Research and Reports. 6. 181-192. 10.2147/VMRR.S53266.


Sobre o autor



Felipe Garofallo é médico veterinário (CRMV/SP 39.972), especializado em ortopedia e neurocirurgia de cães e gatos e proprietário da empresa Ortho for Pets: Ortopedia Veterinária e Especialidades. Agende uma consulta pelo whatsapp (11)91258-5102.






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