A decisão de realizar uma cirurgia em um cachorro idoso depende de vários fatores, como a condição de saúde geral do animal, a gravidade da doença ou problema que necessita de cirurgia, e os riscos associados à cirurgia e à anestesia em um animal idoso.
Cães idosos podem apresentar mais riscos durante o processo cirúrgico, como problemas cardíacos, pulmonares, renais, entre outros. Além disso, a recuperação pós-cirúrgica também pode ser mais desafiadora em cães idosos.
Algumas das condições de saúde que podem aumentar o risco de cirurgia em cães idosos incluem doenças cardíacas, diabetes, insuficiência renal, doenças respiratórias, artrite e outras condições crônicas. Se o cão idoso tiver uma ou mais dessas condições, pode ser necessário realizar exames adicionais antes da cirurgia para avaliar a saúde geral do animal.
No entanto, muitos cães idosos são submetidos a cirurgias com sucesso e têm uma recuperação adequada. É importante avaliar cada caso individualmente, considerando a condição geral do animal e o problema que precisa ser corrigido com a cirurgia.
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Voltando ao nosso tópico, se o problema de saúde que requer cirurgia é grave e afeta significativamente a qualidade de vida do animal, a cirurgia pode ser uma opção a ser considerada, especialmente se o veterinário determinar que os riscos são aceitáveis e que o cão é forte o suficiente para passar pelo procedimento.
O médico veterinário responsável pela avaliação do animal poderá determinar se a cirurgia é uma opção viável e segura para o cão idoso, realizando exames físicos, laboratoriais, cardíacos e radiográficos para avaliar a saúde geral do animal e o risco associado à cirurgia.
Quer aprender mais sobre o tema? Confira abaixo nosso vídeo sobre cirurgia em cães idosos:
Além disso, a escolha da anestesia também é muito importante na cirurgia de cães idosos.
O veterinário pode optar por usar uma anestesia mais leve e personalizada, adaptando a dose e a via de administração da anestesia para atender às necessidades do animal idoso.
Também pode ser recomendado o uso de equipamentos de monitorização avançada, como oximetria de pulso e capnografia, para garantir que o animal esteja recebendo oxigênio suficiente durante a cirurgia.
Em resumo, a cirurgia em um cachorro idoso pode ser uma opção viável, mas a decisão final deve ser feita pelo médico veterinário, após uma avaliação cuidadosa da saúde do animal e dos riscos associados à cirurgia.
Após a cirurgia, os cuidados pós-operatórios são igualmente importantes. O veterinário pode prescrever medicamentos para aliviar a dor e reduzir o risco de infecção, além de fornecer orientações sobre dieta, exercícios e limitações de atividade durante o período de recuperação.
Referências bibliográficas
Fossum, T. W. (2019). Small animal surgery. Elsevier Health Sciences.
Pavletic, M. M. (2017). Atlas of Small Animal Wound Management and Reconstructive Surgery. John Wiley & Sons.
Sobre o autor
Felipe Garofallo é médico-veterinário (CRMV/SP 39.972), especializado em ortopedia e neurocirurgia de cães e gatos e proprietário da empresa Ortho for Pets: Ortopedia Veterinária e Especialidades. Agende uma consulta pelo whatsapp (11)91258-5102.
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